Com um dos maiores parques naturais do País, a região da Serra da Estrela é o cenário ideal para passar uns dias em perfeita comunhão com a natureza.
Embora a maior parte dos viajantes prefira a Serra no inverno, devido à neve e à sua estância de ski, é certo que a Serra da Estrela tem muito mais para oferecer que apenas neve e pistas de gelo.
Assim, convidamos-te a ler este roteiro para que possas descobrir o que de melhor a Serra tem para oferecer.
Se preferires, podes vir connosco no fim de semana de 10 a 13 de Junho!
Estás pronto para descobrir todo o esplendor desta região?
Linhares da Beira
Iniciamos pela parte ocidental da Serra da Estrela e a nossa primeira paragem leva-nos a Linhares da Beira.
Uma aldeia medieval que faz parte do grupo das “Aldeias Históricas de Portugal”. Entretanto, parece que fizemos uma viagem aos tempos dos reis.
Deambulando pelas calçadas gastas, observamos a sua arquitectura medieval, maioritariamente feita em granito e onde as casas simples se fundem com outras de contornos mais senhoriais. Passamos ainda pela sua Igreja Matriz e por fim chegamos ao topo, para visitar o seu castelo, sendo contemplados com magníficas vistas.
Seia
Quando pensamos em Seia é inevitável não pensar no famoso Queijo da Serra. Contudo, o museu do Queijo não é em Seia. Mas, não se preocupem, pois há outro museu igualmente “delicioso” – O Museu do Pão.
Em Seia podes ainda fazer os passadiços da Nossa Senhora do Desterro e visitar a famosa “Cabeça da Velha”. Que é uma pedra com uma formação bastante peculiar e que dando asas há imaginação dá para tirar umas fotos bem engraçadas.
Caso viajem miúdos, devemos também ressalvar o Museu do Brinquedo, onde os pequenos ficarão certamente deliciados.
Em Seia podes ainda visitar o seu centro histórico e subir ao topo para visitar o castelo.
Lapa dos Dinheiros
Após a pernoite em Seia, é hora de descobrir algumas das várias aldeias de montanha que a Serra da Estrela alberga.
Escolhemos iniciar em Lapa dos Dinheiros. Uma pequena aldeia, com cerca de 250 habitantes, situada a 700 metros de altitude. Ladeada pelo rio Alva e pela Ribeira da Caniça é expetável que se encontre um belo sítio para se refrescar. Por isso, seguimos até à belíssima praia fluvial de Lapa dos Dinheiros. Se o tempo convidar, não deixes de te refrescar nas águas límpidas.
Loriga
Provavelmente, uma das maiores pérolas do Concelho de Seia é a Loriga. Uma Vila que apesar de já ser bastante conhecida, consideramos ser de visita obrigatória, pois é de facto lindíssima. Situada no meio de duas montanhas com mais de 1800 metros, Loriga encontra-se bem protegida e com um acesso um pouco sinuoso pela estrada de montanha. Contudo, vale todo o esforço para lá chegar e visitar a famosa Praia Fluvial da Loriga
Aldeia de Cabeça
Esta pequena Aldeia, situada a 530 metros de altitude, tem a particularidade de ter sido a primeira Aldeia LED de Portugal. Contudo, é no Natal que se vê no seu máximo esplendor o orgulho da população neste titulo. As suas gentes são fervorosas e orgulhosas da sua Aldeia e são, sem dúvida, um dos principais motivos para a sua visita. Com uma arquitectura que mistura perfeitamente o xisto com casas mais tradicionais, a Aldeia de Cabeça é sem dúvida uma pérola escondida na Serra da Estrela.
Aldeia de Vide
No limite Sul da Serra da Estrela, já com vistas para vizinha Serra do Açor, encontramos a Aldeia de Vide. Aqui podemos ver alguma arte rupestre que remonta à idade do Ferro. Situada estrategicamente na convergência das ribeiras de Piodão e Loriga, é um local de banhos e pesca privilegiado, com as suas águas frescas e límpidas. Aqui recomendamos um passeio pelo centro da vila, visitando a sua igreja, os vários miradouros e pelourinhos bem como as suas fontes e fornos comunitários.
Aldeia de Barriosa
A Aldeia de Barriosa é mais conhecida por ser a casa do famoso Poço da Broca. Uma cascata que desagua numa belíssima praia fluvial é mais que motivo para fazer uma visita a esta pequena Aldeia situada apenas a 3km da Aldeia de Vide.
No final do dia a dormida é novamente em Seia, para daí seguirmos na manhã seguinte para o ponto mais alto de Portugal e explorarmos o Vale Glaciar do Zêzere.
Sabugueiro
Iniciamos a subida ao ponto mais alto de Portugal Continental pela Aldeia mais “alta” de Portugal – Sabugueiro. Tal como as anteriores aldeias, também o Sabugueiro faz parte do grupo “Aldeias de Montanha”. Outrora bastante isolada, o Sabugueiro privilegia, actualmente, de ser um dos pontos de acesso ao planalto superior, permitindo assim que esta Aldeia se desenvolvesse bastante turisticamente. Aqui podes visitar a cascata de fervença, o forno comunitário e a sua praia fluvial. Contudo, não deixes de visitar o centro da Aldeia e entrar nas lojinhas e comercio tradicional.
Torre
Logo após a saída do Sabugueiro, a estrada à nossa frente transforma-se num filme, tal a beleza que se desenrola perante os nossos olhos. A estrada que liga Sabugueiro à Torre é toda ela cénica e muitas paragens vão ser feitas pelo caminho para apreciar toda a beleza natural que a Serra nos tem para oferecer. Entretanto, no meio dessas paragens facultativas, há uma que é obrigatória – Lagoa comprida.
Das muitas lagoas que se pode encontrar pela Serra, não só esta é a maior, mas também é a que dá acesso ao famoso e enigmático Covão dos Conchos. Numa caminhada de 10 km (ir e vir) não caias na tentação de o fazer “a correr”: primeiro porque todo ele é situado acima dos 1500 e 1700m de altitude onde só existe vegetação rasteira e segundo porque a paisagem é demasiado bela para não ser apreciada. Guarda entre 3 a 4 horas para fazer este trilho e aprecia-lo nas calmas. O trilho não está sinalizado, contudo, é relativamente de seguir, e não deves nunca fazê-lo sozinho em dias de má visibilidade.
Regressados desta fabulosa caminhada seguimos caminho até à Torre – o ponto mais alto de Portugal Continental. Por isso, aproveita esta paragem para apreciar “Portugal a teus pés”.
Assim que estejamos prontos para seguir novamente viagem, visitamos o Covão d’Ametade. Localizado muito próximo da estrada, sem requerer grande caminhada é um dos sítios que te vai deixar boquiaberto pela sua grandeza. Entretanto, pelo caminho, tens ainda a oportunidade de visitar o Cântaro Magro, varios miradouros para o Vale Glaciar do Zêzere e outras lagoas e o Miradouro da Catarina.
Terminado este dia, recomendamos que reserves alojamento na Torre ou em Manteigas
Belmonte
Se começamos esta viagem na costa ocidental da Serra da Estrela, não tem como não termina-la na costa oriental. E que melhor sitio para iniciar o fim desta viagem que a magnífica vila histórica de Belmonte.
No entanto, antes de chegarmos a Belmonte recomendamos que visites o Poço do Inferno, localizado perto de Manteigas e à distância de uma pequena caminhada.
Logo após uma caminhada matinal, e quem sabe um mergulho, seguimos então viagem pata Belmonte. Com amplas vistas sobre a encosta oriental, ninguém fica indiferente às ruínas do seu castelo. Assim, não percas a oportunidade de caminhar pelo centro e descobrir a história cripto-judaica que tanto caracteriza esta vila.
Covilhã
Terminamos a nossa viagem pela Serra da Estrela, numa das suas mais importantes cidades – Covilhã. No caminho não percas a oportunidade de visitar o magnífico miradouro do Carqueijais
Uma vez na Covilhã, podes visitar alguns locais como a belíssima Igreja de Santa Maria, o Museu dos Lanifícios, o “delicioso” Museu do Queijo (este encontra-se na localidade de Peraboa, a poucos km’s da Covilhã), relaxar no jardim do lago ou no jardim publico, ou andar no elevador de Santo André para uma vista privilegiada sobre a cidade.
Assim, se preferires fazer esta viagem com um grupo de aventureiros, liderados por uma pessoa local, convidamos-te a vires connosco de 10 a 13 de Junho.
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