Quando se fala em viajar com crianças a primeira coisa que nos desejam é “boa sorte”! Mas será que viajar com crianças é mesmo assim tão difícil? Ou será que é tudo uma questão de planeamento, prática, alguma paciência e sobretudo relaxar?
Afinal não tem que ser necessariamente viajar para o outro lado do mundo, mas sim, sair um pouco da nossa zona de conforto.
Assim, viajar com crianças é uma experiência diferente, desafiadora, mas, com certeza, muito positiva para todos.
Embora as crianças possam não se lembrar dos sítios que visitaram, no momento elas serão felizes e as sensações boas irão ficar para sempre nas suas memórias. O importante é falar nelas e mostrar fotografias de dias felizes e em família.
Uma vez que gostamos de viajar, porque não haveríamos de o fazer só porque temos filhos?
Afinal, em qualquer parte do mundo existem crianças!
Quais são, então, os 10 mandamentos para viajar com crianças de forma tranquila?
1 – Organizar e Planear
No nosso caso nunca fizemos um planeamento muito rigoroso, porque, na verdade, não adianta.
Sou mãe de gémeos e sei bem que imprevistos e birras fazem parte do dia a dia. Por isso, em viagem não será diferente.
Assim sendo, uma das questões mais importantes é decidir o alojamento.
Como somos uma família de quatro, temos preferência por uma “casa de férias”, em detrimento de um quarto de hotel, pois priorizamos a privacidade, comodidade e espaço.
Contudo, há vantagens e desvantagens em ambos. É simplesmente uma questão de gosto pessoal.
Independentemente do que escolher, o mais importante é verificar as comodidades que cada um oferece.
Além disso, se a viagem incluir avião, é importante assegurar o transporte para o alojamento e vice-versa. Do mesmo modo, é importante verificar a existência de transportes públicos perto do alojamento, para que seja mais fácil e económica a deslocação.
De maneira idêntica, deve planear os dias de férias com aquilo que quer ver/fazer, não esquecendo o tempo para relaxar e os possíveis (quase certos) imprevistos.
2 – Encontrar o seu “ritmo familiar”
Visto que, numa viagem o ritmo das crianças difere dos adultos, o ideal, será encontrar aquilo que eu chamo de “ritmo familiar”. Ou seja, quando se viaja com crianças sabemos que temos fazer cedências, contudo não devemos deixar que a viagem se desenvolva totalmente ao ritmo delas. Há que encontrar um ponto de equilíbrio.
Além disso, não se deve descurar o tempo de descanso e de brincadeira.
3 – Motivar as crianças
Inclua as crianças no planeamento da viagem. Escolha um destino e peça-lhes a opinião. Deixe-os participar no planeamento da viagem. Mostre-lhes o local aonde vão ficar hospedados, que atividades vão poder fazer, o que podem visitar, etc. É importante que o destino desperte algum interesse nas crianças. Partilhe com elas as suas expetativas sobre o destino.
É importante que o destino escolhido seja minimamente adequado para as crianças. No entanto, não quer isto dizer que seja somente para elas.
4 – Planear “atividades infantis”
As crianças vão-nos acompanhar a lugares que não são do interesse delas. Por isso é, também, justo incluir algo que lhes agrade no nosso itinerário. Por exemplo, ir a um parque infantil.
Outra dica é “envolver” as crianças nas visitas mais “aborrecidas”. Por exemplo, se vamos a um museu, devemos tornar essa visita mais “divertida”. Aqui a nossa “criatividade parental” tem de vir ao de cima. Perguntar quais são as cores dos desenhos, ou o que veem, ou quantos quadros conseguimos encontrar na parede, etc. pode fazer com que elas passem melhor o tempo enquanto nós desfrutamos da nossa visita. Por exemplo, em vez de alugar um carro o destino, porque não ir com uma agência com uns carros mais “fora do normal?
5 – Escolher os brinquedos preferidos
Do mesmo modo que nós temos “aqueles” itens indispensáveis, também as crianças os têm. Neste caso, serão muito provavelmente os seus brinquedos. Levar o seu brinquedo favorito é garantir que ela se vá sentir feliz e segura nos momentos mais aborrecidos ou stressantes. Deixem-nos escolher qual dos brinquedos querem levar, sem cair em exageros.
6 – Pouca bagagem
Não leve mais do que o essencial. A menos que vá para um sítio bastante isolado, com certeza irá conseguir comprar fraldas, toalhitas, leites e papas no destino.
Outra questão importante é que podem sempre optar por lavar as roupas no destino. São peças pequenas que pode facilmente lavar na pia da casa de banho ou numa lavandaria self-service.
Se quiser descobrir como fazer uma mala de mão para 7 dias leia o nosso artigo “Mala de mão para 7 dias de viagem. É possível? Realidade ou Mito?”
7 – Água e comida são indispensáveis
Viajar com crianças é sinónimo de viajar com a mochila “pesada”. Não interessa que vá para uma cidade (com supermercados a cada 10 metros) ou para o meio de uma montanha, a fome e a sede irão sempre aparecer nos momentos menos apropriados. Por isso, é importante andar sempre com água e snacks (bolachas, frutas, etc.) para que não tenhamos crianças aborrecidas e irritadas. Como diz o anúncio do chocolate Snickers “Tu não és tu quando estás com fome”.
8 – Levar carrinho de passeio
Na minha experiência, viajar com carrinho de passeio tem muitas vantagens, mas também algumas desvantagens.
As vantagens são claramente, o transporte gratuito no avião, transporte dos miúdos nas longas caminhadas e possibilidade de umas sestas ao longo do dia.
Em contrapartida, as desvantagens são as dificuldades de acessibilidade tanto nos caminhos como nos transportes públicos e as famosas fugas das crianças a empurrar os carrinhos.
Contudo, enquanto eles forem pequenos, o carrinho é o nosso maior aliado.
9 – Fazer um seguro de viagem
Viajar sem seguro de viagem é algo praticamente impensável, ainda para mais quando falamos de crianças. Para que não haja surpresas desagradáveis deve sempre contratar um seguro de viagens de acordo com as suas necessidades e destino.
Ao reservar o seguro para a sua família Iati seguros terá 5% de desconto.
10 – Aproveitar a viagem
Por fim o mais importante será aproveitar a viagem com a sua família. Viajar permite criar memórias para a vida e reforçar ainda mais os laços familiares.