Viagens Slow Travel (ou viagens sem pressa) é uma “nova forma” de viajar. Uma nova forma de interagir e conhecer locais e culturas. Uma ideologia que ganha cada vez mais adeptos.
Para vos fazer um enquadramento rápido, o Slow Travel é a antítese das chamadas “Insta Travels” – Viagens feitas “quase por obrigação”, para picar pontos da “Bucket List”, que muitas das vezes nem é a vossa “Bucket List”, mas sim a da “Sociedade”.
Quais os benefícios do estilo Slow Travel?
- Viagens mais “lentas” e mais aprofundadas num local;
- Praticar um turismo mais sustentável
- As viagens Slow Travel são, normalmente, mais baratas
- Descobrirás o local de forma única e diferente
- Uma viagem mais relaxada sem o stress dos grandes pontos turísticos
- Viagens Slow Travel privilegiam o contacto social em detrimento das novas tecnologias.
Afinal, quer acredites quer não, há muito boa gente que viaja “para“o Instagram. Isto é, para obter “aquela” foto perfeita, “naquele” pôr-do-sol perfeito, “naquele” destino perfeito. Ou seja, “naquela toda perfeição” que, na maior parte das vezes, só mesmo o Instagram “consegue” dar. Esquecem-se de experienciar o destino. De o absorver. Ou até, viver realmente uma realidade diferente do seu quotidiano.
De acordo com um artigo da World Nomads, as viagens Slow Travel apelam a que quando estejamos no nosso destino, estejamos de mente aberta, recetivos a tudo o que se passa a nossa volta: o músico de rua, o gato na calçada, a senhora com o seu saco de compras, etc.
Uma experiência mais enriquecedora
Assim, passar 4 horas na fila para tirar uma foto nas Portas do Céu em Bali, não é de todo um conceito de Slow Travel. O Slow Travel acaba por ser mais ético e eco-friendly porque apela à imersão (e não apenas à visita) do indivíduo na cultura do local que visita.
Contudo não queremos dizer, literalmente, para “viajares mais devagar”, deixando de visitar locais que realmente tenham interesse para ti 😉
Quando não és apenas “mais um turista” já fazes a tua parte. “Desacelerar” a nossa viagem dá-nos tempo para nos reconectarmos com aquilo que realmente importa. Aliás, este é um dos motivos porque muita gente viaja. Para fugir das regras e pressões do quotidiano.
As viagens Slow Travel permitem, acima de tudo, compreender melhor a cultura que visitamos – o seu dia a dia, os seus costumes, os desafios que eles enfrentam – e idealmente, ajustarmos as nossas próprias ações, para que o Mundo seja cada vez um local mais justo.
Igualmente permite-nos, ter um estilo de viagem mais sustentável e consequentemente, mais económico. Usando transportes públicos e fugindo um pouco aos “must-see’s da Sociedade”. Comendo e comprando localmente, é garantir que a tua experiência vai ser muito mais enriquecedora (para ambas as partes) e surpresas irão, certamente, acontecer.
Um bom exemplo de como praticar viagens Slow Travel
Só para exemplificar, imagina que estás em Roma. Não és católico. No teu País de origem nunca entraste, sequer, numa igreja e até quase que repudias todas as religiões existentes.
Vais mesmo perder um dia inteiro a visitar o Vaticano, só porque “é obrigatório ir ao Vaticano quando se vai a Roma”?
Para muitos vai ser um choque esta tua afirmação: “eu fui a Roma mas nem sequer vi a Praça de S.Pedro”.
Mas a verdade é que a viagem é tua e deves levá-la ao teu ritmo e não ao ritmo dos “outros”.
A essência de viajar e conhecer novos mundos é, precisamente, fazer e experienciar aquilo que não podes/consegues fazer no teu quotidiano, mas que gostas!
Em jeito de despedida deixo aqui uma frase, que uma vez me apareceu no meu Feed de notícias e cujo autor desconheço, para vossa reflexão:
“A espécie de liberdade que preciso não é fazer aquilo quero, mas sim não fazer aquilo que não quero”.
Queres saber como podes viajar de forma mais económica e mais sustentável?
Então lê o nosso Artigo “Como Poupar em Viagem”