Rota Vicentina – A derradeira rota para os amantes de natureza

Rota Vicentina

A Rota Vicentina é um projeto no Sudoeste Alentejano, que permitiu que o mesmo fosse explorado de uma forma o mais natural possivel, criando rotas pedestres e cicláveis que permitem ao viajante conhecer praticamente toda esta região.

Por isso, a Rota Vicentina não é o Trilho dos Pescadores como muita gente confunde, mas sim todo um conjunto de trilhos (pedestres, cicláveis e motorizados) que existem no Sudoeste Alentejano.

Assim, neste artigo iremos falar dos percursos pedestres que existem na Rota Vicentina. A Rota Vicentina, em termos pedestres, engloba duas Grandes Rotas (GR) e 24 Pequenas Rotas (PR). No total são cerca de 750km para percorrer a pé.

Vamos agora explicar-te a diferença entre todas estas opções, como planear as caminhadas e que cuidados deves ter, sendo que se quiseres informação super detalhada de cada rota, podes consultar o site oficial da Rota Vicentina.

Ainda antes de avançarmos, queremos informar-te que todos estes Trilhos se podem cruzar em algum momento e por isso é de extrema importância saberes diferenciar a sinalética para não te perderes.

Sinaletica Rota Vicentina

 

Por outro lado, queremos dizer que podes fazer uma combinação quase infinita de trilhos. Vai tudo depender da tua disponibilidade e interesses.

 

1 – Rota Vicentina – Trilho dos Pescadores (GR)

Este é talvez o trilho que leva mais gente ao Sudoeste Alentejano, pois é de facto um dos trilhos costeiros mais belos do Mundo, que liga também algumas das mais bonitas vilas e aldeias da Costa Alentejana. É um trilho tão especial que temos um artigo totalmente dedicado a ele.

São quase 227 km, que se podem dividir em 13 etapas, de uma beleza crua e rara no Mundo. Tem início em Sines e termina em Lagos.

Contudo, podes iniciar o Trilho dos Pescadores, em qualquer etapa, ou podes apenas fazer uma etapa. Apenas tem em mente que se quiseres fazer o Trilho completo, as 13 etapas correspondem a 13 dias com uma média de 20km, em diferentes tipos de terrenos que vão de areia a asfalto. Na nossa opinião, deves tentar fazer pelo menos as etapas de Porto Covo a Odeceixe. Garantimos que não te vais arrepender nem um bocadinho!

1 – Que cuidados devo ter se quero percorrer o Trilho dos Pescadores?

Primeiramente, lembra-te que estás em paisagem protegida, por isso deixar lixo para trás ou acampar no trilho é completamente proibido.

Segundo, o planeamento de qualquer etapa não deve ser descurado. Deves analisar bem o terreno, os declives e se existem postos de abastecimento de água e comida pelo caminho. Algumas etapas passam por pequenas vilas, mas nem todas e mesmo assim os estabelecimentos podem estar encerrados.

Terceiro, decide se vais dormir no local de término de cada etapa ou não. Isto porque as etapas são lineares, ou seja, o local de início é diferente do local de chegada. Caso pretendas regressar ao local de partida, deves combinar com um táxi ou empresa de transferes local.

Por último, e esta dica vai para os leitores que pretendem fazer mais que uma etapa, decide se queres levar a tua bagagem ou não. Se decidires não levar, coisa que recomendamos, uma empresa de transferes de bagagem é a solução ideal para ti.

Não menos importante, deves sempre levar contigo proteção solar, água, snacks, telemóvel e powerbank.

2 – Existem mais proibições que deva ter em mente?

Para além da já descritas acima, é completamente proibido sair dos trilhos demarcados, ou ultrapassar barreiras de protecção, precisamente para não destruíres os habitats frágeis que te rodeiam, nem para sofreres uma queda (mortal) das falésias.

Outra proibição, é que o Trilho dos Pescadores, ao contrário de outros, é exclusivamente pedestre. Ou seja, não o podes fazer de bicicleta. Contudo, sabemos que existem alternativas, mas não nos podemos pronunciar, pois nunca o fizemos. Para obteres ajuda nesta matéria recomendamos contactar a Rota Vicentina.

Trilho dos pescadores

 

Se precisares de ajuda a planear o teu trilho entra em contacto connosco através do formulário (ao lado).

Temos vários parceiros na Rota Vicentina desde alojamentos, guias certificados e transferes. Assim só tens de te preocupar com a beleza indescritível que vais encontrar nesta região.

 

2- Rota Vicentina – Caminho Histórico (GR)

A outra Grande Rota que faz parte da Rota Vicentina é o deleite para os amantes de culturas, tradições e história, ou não falássemos nós do Caminho Histórico.

Iniciando na histórica cidade de Santiago do Cacém e terminando no Cabo de S. Vicente (Sagres) este é o maior Trilho da Rota Vicentina com 263 km de extensão, ao longo de 13 etapas.

Tal como o próprio nome indica, o Caminho Histórico, contraria as paisagens marítimas do Trilho dos Pescadores, com paisagens mais serranas do interior do Sudoeste Alentejano.

Assim, neste trilho vais percorrer essencialmente caminhos rurais, sempre acompanhado de vales, florestas, campos, rios e ribeiros.

Porém, a melhor parte deste trilho, na nossa opinião, são as várias Aldeias que vais encontrar no Caminho, permitindo-te fazer uma viagem a um tempo que não volta mais.

Por fim, outra curiosidade deste trilho é que era utilizado pelos Peregrinos de Santiago que vinham do Sul, e foi certificado como Leading Quality Trails, pela European Ramblers Association.

1 – Que cuidados devo ter se quero percorrer o Caminho Histórico?

Começamos por referir que o que aconselhamos para o Trilho dos Pescadores, é válido no Caminho Histórico, com algumas diferenças que referimos a seguir.

Existem trilhos dedicados às bicicletas, porém é possível fazer alguns troços do Caminho Histórico de bicicleta; por isso, atenta nos ruídos de bicicletas em aproximação. Se pretenderes fazer o Caminho Histórico de bicicleta tem atenção que o Trilho passa por zonas privadas, onde apenas podem passar pessoas a pé. Por isso o melhor é mesmo utilizares os percursos alternativos de BTT.

Apesar de ser uma Grande Rota, a grande dificuldade deste trilho está na sua extensão (isto se o quiseres fazer todo), sendo que as suas etapas são consideradas de nível fácil e com uma extensão máxima de 22 km. Contudo, à semelhança do Trilho dos Pescadores, as etapas são lineares; por isso, planeia bem as dormidas e/ou os transferes.

Não menos importante, deves sempre levar contigo proteção solar, água, snacks, telemóvel e powerbank, apesar de haver oferta ao longo de todo o trilho de serviços mínimos e dormidas

Caminho Historico - Rota Vicentina

 

3 – Rota Vicentina – Percursos Circulares (PR)

Chegamos finalmente aos Percursos Circulares. Estes trilhos são perfeitos para quem quer aliar o descanso e a praia, a algumas caminhadas que te vão levar a descobrir recantos escondidos do Sudoeste Alentejano. Melhor do que isto, só mesmo o facto de serem circulares, o que significa que iniciam e terminam no mesmo local. Por isso, não tens preocupações com alojamentos extra ou transferes.

São 24 Trilhos que compõem esta rede de Percursos Circulares, desde Santiago do Cacém a Lagos, e existem para todos os gostos. Temos trilhos mais costeiros, trilhos mais agrícolas, outros perfeitos para birdwatching, e outros mais culturais. Podem ainda ser um complemento a etapas dos Trilhos dos Pescadores e do Caminho Histórico, já que se cruzam em vários pontos.

Rota Vicentina - Amoreira

 

Estes trilhos são aquilo que precisavas para tornar as tuas férias no Sudoeste Alentejano ainda mais diversificadas.

Se precisares de ajuda na organização de etapas das Grandes Rotas, não hesites em contactar-nos. Temos vários parceiros na Rota Vicentina. Desde alojamentos, guias e transferes.

 

 

 

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